sábado, 17 de julho de 2010

Templo de Salomão - No Brasil

Igreja Universal do Reino de Deus construirá réplica do Templo de Salomão, com pedras trazidas de Israel



Bíblia explica que o rei Davi, durante o seu reinado, decidiu construir um templo para a habitação de Deus, pois não aceitava o fato de ele, um mortal, morar em um palácio rodeado por riqueza e conforto enquanto a arca do Senhor ficava em tendas e tabernáculos. Porém, o Senhor, por meio do profeta Natã, o advertiu dizendo que a construção não deveria ser feita por ele, mas por seu sucessor, o Rei Salomão. Davi, antes de deixar o trono para seu filho, ajuntou as reservas do reino – 100 mil talentos de ouro e 1 milhão de talentos de prata mais o seu tesouro particular, 3 mil talentos de ouro e 7 mil talentos de prata refinada – e ofereceu para a construção da casa do Senhor. Sendo que um talento de ouro equivale a 36 quilos de ouro e um talento de prata equivale a 36 quilos de prata. Portanto, o rei Davi doou um total de 360 mil quilos de ouro e prata, que correspondem a um valor superior a 10 bilhões de reais.

Após 7 anos de obras, o templo foi erguido pelo rei Salomão, e usado por anos pelo povo como lugar de culto e de entrega de sacrifícios ao Senhor.

Mesmo sendo tão glorioso e imponente, no ano 587 antes de Cristo, os babilônios tomaram Jerusalém e reduziram a cinzas o grande Templo. Décadas depois, foi feita a reconstrução no mesmo local do Segundo Templo, o qual também foi destruído. Hoje, a única parte erguida que restou da construção é o Muro das Lamentações, considerado por milhares de judeus e cristãos de todo o mundo como sagrado.

Para os judeus, ainda há esperança de que o Terceiro Templo seja construído, para que o Messias reine com eles. Porém, para que isso aconteça, eles terão que contar com alguma catástrofe natural ou mudanças governamentais que retirem do local a Mesquita de Omar, construção feita pelos seguidores do Islamismo.

Com bases nas orientações bíblicas, a Igreja Universal do Reino de Deus construirá a réplica do Templo de Salomão, aqui no Brasil, na cidade de São Paulo (SP). Será uma mega igreja, com 126 metros de comprimento e 104 metros de largura, dimensões que superam as de um campo de futebol oficial e as do maior templo da Igreja Católica da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé. São mais de 70 mil metros quadrados de área construída num quarteirão inteiro de 28 mil metros. A altura de 55 metros corresponde a de um prédio de 18 andares, quase duas vezes a altura da estátua do Cristo Redentor. Com previsão de entrega para daqui a 4 anos, a obra será um marco na história da Igreja Universal do Reino de Deus.

O complexo também contará com 36 Escolas Bíblicas com capacidade para comportar aproximadamente 1,3 mil crianças, estúdios de tevê e rádio, um auditório para 500 pessoas, além de um estacionamento para mais de mil carros.

Projetado para causar o menor impacto possível ao meio ambiente, o templo será construído com materiais reciclados e regionais de alta tecnologia, que proporcionarão o uso racional da energia, possibilitando a reutilização de água e calor.

Na área externa será feito um memorial com 250 metros quadrados que poderá ser usado como um espaço para exposições e eventos. A ideia seria contar ali não só a história da Igreja, mas também explicar um pouco do funcionamento do templo como obra de engenharia.

De acordo com o arquiteto e autor do projeto, Rogério Silva de Araújo, o empreendimento é arrojado e emprega tecnologia de ponta, para que quando as pessoas entrem no local, viajem pelo tempo e sintam-se como se estivessem no primeiro templo construído por Salomão. “Começando pela fachada, passando pelo átrio e chegando internamente na nave, criamos uma visão de maneira a remeter as pessoas ao passado. Para tanto, estamos nos valendo de toda tecnologia de ponta associada ao bom senso na arquitetura de maneira a não criar este choque de épocas”, diz Araújo.

Ainda dentro da Igreja, uma arca representando a Arca da Aliança será colocada sobre o altar com o objetivo de proporcionar um efeito tridimensional, que, quando aberta, poderá ser observada totalmente em seu interior e também refletirá no batistério, criando a sensação, durante o batismo, de que a pessoa estará se batizando dentro da Arca. Na face frontal do altar serão aplicadas doze pedras representando as doze tribos de Israel, e todo o altar será ladeado por duas colunas diferenciadas chamadas Joaquim e Boaz, nomes também citados na Bíblia. A Igreja será no Brás (zona leste da capital paulista) e terá capacidade para mais de 10 mil pessoas sentadas.

De acordo com o bispo Edir Macedo, o local não será de ouro, mas as riquezas de detalhes empregados em cada parte do templo serão muito parecidas com os do antigo santuário. “Nós encomendamos o mesmo modelo de pedras de Jerusalém que foram usadas por Salomão, pois vamos revestir as paredes do templo com elas. Nós queremos que as pessoas tenham um lugar bonito para buscar a Deus e também a oportunidade de tocar nessas pedras e fazer orações nelas.”, comentou o bispo durante reunião realizada em São Paulo. Ele acredita que a visitação ao Templo não se limitará somente aos fieis da IURD, mas se tornará um ponto turístico e cultural, que atrairá pessoas do mundo todo.

Para o presidente da Juventude Judaica Organizada, Persio Bider, a iniciativa poderá promover um melhor entendimento ao povo brasileiro não judaico a respeito de Israel e dos judeus, eliminando preconceitos e o antissemitismo, ainda presente na sociedade. “Somente por meio do conhecimento mútuo poderemos erradicar qualquer tipo de preconceito ou discriminação por parte de ambos e, assim, trabalharmos juntos no que temos de semelhanças e nos respeitarmos no que pensamos e acreditamos de diferente. Temos muito em comum e precisamos nos unir para que seja possível trabalharmos ativamente em uma sociedade mais justa, positiva e focada em uma coexistência e inter-religiosidade plena, razão pela qual acredito ser muito interessante a iniciativa do bispo Macedo, que entendo amar muito a Terra de Israel e o povo judeu”, afirma Bider.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Brasil de Kaka? Não, Brasil de Edir Macedo




Sul-africano "esquece" Kaká e lembra Edir Macedo.

Os sul-africanos adoram os brasileiros. Quando reconhecem um, se esforçam para falar palavras em português ou dizer qualquer coisa que remeta ao país. Em época de Copa do Mundo, Kaka (pronunciado como se não houvesse acento), Ronaldinho e Robinho são sempre os primeiros lembrados.
Mas um frentista de um posto de Sandton, bairro chique de Johannesburgo, lembra do Brasil por motivos diferentes. “Ah, você é do Brasil. Do Brasil de Edir Macedo”, diz Siphiwo Khohciso, 24 anos, para minha surpresa.
A Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Macedo, tem templos espalhados pela África do Sul desde 1992. Mais precisamente 320, sendo 156 na província de Gauteng, a mais populosa do país. A Universal Church of the Kingdom of God está presente em mais de 170 países e tem na sede da Copa do Mundo sua maior expansão fora do Brasil.
No país da Copa do Mundo, mais de 80% da população são de cristãos, mas que estão divididos entre protestantes e católicos.
Khohciso conta que, quando garoto, já tinha entrado na igreja de Edir Macedo. Mas só virou seguidor há dois anos, quando morava nas ruas de Johannesburgo. Em discurso comum de fiéis, explica como mudou de vida por meio da religião.
“Estava na rua, não tinha emprego e vivia de comer restos de comida. Quando temos um problema que não temos como resolver, só Deus pode nos salvar”, disse o frentista, que, segundos suas palavras, procurou a igreja por conta própria.
Insisto para saber o que levou ele à condição de indigência que contou ter vivido. Ele desconversa, evita dar detalhes de sua vida passada volta a falar de Deus. “Eles me mostraram um novo caminho e hoje tenho um trabalho. Só Deus é capaz disso”.
Khohciso também não diz o salário que ganha no posto de gasolina, nem quanto repassa de dízimo. “Pago não. Faço doação. Nós recebemos de volta. Veja eu. Comia restos e hoje estou aqui”, repete.
Dou a gorjeta e me despeço. O frentista volta ao trabalho, feliz pela conversa.